Deus prometeu
fazer uma “nova aliança” ou concerto
com Israel sobre o princípio da graça, da qual os gentios poderiam se
beneficiar e ser abençoados (Jr 31:31-34; Is 56:1-7). Os teólogos do Pacto nos
dizem que essa aliança foi inaugurada pelo Senhor na Última Ceia (Mt 26:28), e
que tem sido feita hoje com todos aqueles que Ele redime com Seu “sangue”. Considerando que os cristãos
são redimidos com o sangue de Cristo (1 Pe 1:18; 1 Jo 1:7; Ap 1:5), eles
concluem que a Nova Aliança, Pacto ou Concerto foi feito com os cristãos, isto
é, com a Igreja. Além disso, já que o apóstolo Paulo afirma que ele e seus
colaboradores eram “ministros de um novo
testamento” (2 Co 3:6), isso confirmaria (na ideia deles) que a Nova
Aliança realmente teria sido feita com a Igreja. Vamos examinar mais de perto
estes versículos.
“A Dispensational or a Covenantal Interpretation of Scripture - Which is the Truth?” por Bruce Anstey
ROMANOS 10:15
ROMANOS 10:15
— “E como pregarão, se não forem enviados? como está escrito: Quão formosos os
pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas”.
Os teólogos do
Pacto dizem que, uma vez que Isaías 52:7 (que tem a ver com a salvação e bênção
de Israel) é citado neste versículo de Romanos 10 em conexão com a pregação do
evangelho hoje, então isso provaria que aqueles que creem no evangelho hoje se
tornam israelitas espirituais.
2 CORÍNTIOS 6:2
2 CORÍNTIOS 6:2
— “Porque ele diz: Eu te ouvi no tempo da oportunidade e te socorri no dia da
salvação; eis, agora, o tempo sobremodo oportuno, eis, agora, o dia da
salvação”.
Os teólogos do
Pacto nos dizem que, por Paulo haver citado Isaías 49:8 em 2 Coríntios 6:2 em
conexão com a pregação do evangelho nestes tempos da era cristã, isso provaria
(para eles) que Isaías 49 estaria se cumprindo hoje, e que a bênção prometida
para os gentios em Isaías 49 estaria sendo realizada em nossos dias em algum
sentido espiritual por aqueles que creem.
Sera' que o chamado para abencoar os gentios, prometido no Antigo Testamento, e' o Evangelho da Graca de Deus pregado hoje?
Deus prometeu
abençoar os gentios por meio de um chamado evangelístico (Is 42:1-8; 49:3-8;
52:7; 55:1-5). Os teólogos do Pacto nos dizem que aquela promessa está se
cumprindo hoje no chamado do Evangelho da Graça de Deus (At 20:24). As
passagens do Novo Testamento que usam para tentar provar isso são Atos 13:46-47,
2 Coríntios 6:2 e Romanos 10:15.
Sera' que “Israel de Deus” em Galatas 6:16 significa que os cristaos sao israelitas?
“E a todos quantos andarem conforme esta
regra, paz e misericórdia sobre eles e sobre o Israel de Deus.” Gálatas 6:16
Sera' que “circuncisao” em Filipenses 3:3 significa que os cristaos sao judeus?
“Porque a circuncisão somos nós, que
servimos a Deus em espírito, e nos gloriamos em Jesus Cristo, e não confiamos
na carne.” Filipenses 3:3
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judeus
Sera' que Romanos 2:28-29 ensina que os cristaos sao judeus espirituais?
“Porque não é judeu o que o é
exteriormente, nem é circuncisão a que o é exteriormente na carne. Mas é judeu
o que o é no interior, e circuncisão a que é do coração, no espírito, não na
letra; cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus.” Romanos 2:28-29
Sera' que Galatas 3:7-9, 29 ensina que os cristaos sao filhos de Abraao?
Os teólogos do
Pacto ensinam que a promessa que Deus fez a Abraão — de que pessoas de “todas as famílias da terra” seriam
abençoadas como “filhos” de Deus
mediante a fé (Gn 12:1-3; 13:14-16; 15:5-6) — estaria se cumprindo hoje. Por
conseguinte, os cristãos seriam israelitas espirituais. Os versículos que usam
do Novo Testamento para supostamente provar isso são apresentados nos próximos
tópicos.
EXEMPLOS DE ERROS DE INTERPRETACAO NA TEOLOGIA DO PACTO
Existe algo mais
que precisa ser colocado diante de nossos leitores nesta exposição da Teologia
do Pacto. Precisamos examinar algumas das passagens das Escrituras que os
teólogos do Pacto dizem terem se cumprido hoje na Igreja, e mostrar como foi
que eles chegaram às suas interpretações errôneas. Essas passagens são
encontradas no livro de Atos e nas epístolas, e são citações das Escrituras do
Antigo Testamento. Um olhar mais apurado irá demonstrar que elas não são um
cumprimento daquelas profecias do Antigo Testamento, mas foram citadas apenas
para mostrar que o caráter de algo
que ocorreu na Igreja está em conformidade com a maneira de Deus lidar com os
homens, isto é, o objetivo foi mostrar que Deus mantém seus padrões morais.
Diferencas Entre o Reino e a Igreja
Os teólogos do
Pacto também confundem o reino com a Igreja, e consequentemente usam frases sem
fundamento bíblico, como “O reino da Igreja”. Todavia, o reino não é sinônimo
da Igreja pelas seguintes razões:
A Teologia do Pacto QUEBRA a Ordem dos Eventos Profeticos
A Teologia do
Pacto quebra a ordem dos eventos
proféticos. Exceto, talvez, pela vinda do Senhor e pela condenação final dos
ímpios no lago de fogo, ela nos diz que as profecias do Antigo Testamento e do
livro de Apocalipse já se cumpriram! Portanto não existiria um período de sete
anos de Tribulação por vir, nenhum Armagedom etc.!
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A Teologia do Pacto DESTROI os Tipos e Figuras das Escrituras
A
Teologia do Pacto destrói os tipos e
figuras das Escrituras. Ela descarta como mera ficção a beleza das figuras
dispensacionais, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, que mostram o
afastamento temporário de Israel e a presente interposição do chamado celestial
da Igreja, antes de Deus retomar suas tratativas com o remanescente de Israel
para introduzi-los nas bênçãos do reino milenial. Essas figuras representativas
cobrem mais de cem capítulos de nossa Bíblia!
Traduzido de “A Dispensational or a Covenantal Interpretation of Scripture - Which is the Truth?”, por Bruce Anstey publicado por Christian Truth Publishing. Traduzido por Mario Persona.
A Teologia do Pacto DESAFIA a logica
A Teologia do
Pacto desafia a lógica em muitas de
suas interpretações. Quando submetidas à lógica muitas de suas “espiritualizações” não fazem sentido. Não
importa a maneira que você escolhe para interpretar algumas das coisas que eles
ensinam — alegoricamente, espiritualmente etc. — seria bem difícil convencer
alguém de que isso é mesmo verdade. Por exemplo, os teólogos do Pacto nos dizem
que já estamos agora mesmo no reino público de Cristo. Mas as descrições que as
Escrituras fazem de Seu reino em poder indicam que Cristo irá governar com vara
de ferro (Ap 2:27), e que a justiça irá encher o mundo todo (Is 32:1-19). Além
disso, Satanás e seus anjos caídos serão aprisionados no abismo e não
conseguirão sair para enganar as nações (Is 24:21-22; Ap 20:1-3). Acrescente-se
a isso que o juízo será executado a cada manhã contra os que pecarem (Sl 101:8;
Sf 3:5), e também que o reino animal, os leões e ovelhas, se deitarão juntos
etc. (Is 11:6; 65:25 etc.).
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A Teologia do Pacto SE DESVIA dos Princípios Corretos da Exegese Bíblica
Esse sistema de
ensino se desvia dos verdadeiros princípios
da exegese bíblica e supõe que por existirem coisas do Antigo Testamento que
são citadas pelo Espírito Santo no Novo Testamento, isso significaria que elas teriam
se cumprido nos dias atuais na Igreja. Isso é assumir algo que o Espírito de
Deus não tinha a intenção de dizer.
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A Teologia do Pacto PRIVA Israel de Sua Herança Literal
A
doutrina da Teologia do Pacto priva o
remanescente de Israel de sua herança em sua terra. Ela rouba deles sua
esperança nacional. As Escrituras afirmam que a herança de Israel não será retida
para sempre. Apesar de seu fracasso, eles receberão uma herança literal em sua
terra, “porque os dons e a vocação de
Deus são sem arrependimento” (Rm 11:29).
Traduzido de “A Dispensational or a Covenantal Interpretation of Scripture - Which is the Truth?”, por Bruce Anstey publicado por Christian Truth Publishing. Traduzido por Mario Persona.
A Teologia do Pacto REBAIXA a Igreja
A nova Teologia
do Pacto rebaixa a Igreja da posição que
ela ocupa de uma entidade celestial, com bênçãos distintas que só pertencem a
ela (Ef 1:3), à mesma condição dos santos mileniais na terra. As Escrituras
ensinam que a Igreja é verdadeiramente uma entidade distinta dentre os grupos
de pessoas abençoadas no sistema da graça. Ela é chamada de “igreja dos primogênitos” (Hb 12:22-23).
Primogênito é um termo que aponta para aquilo que ocupa o primeiro lugar e de
preeminência entre os outros santos de Deus.
A Teologia do Pacto POSTERGA a Vinda do Senhor
Esse
sistema de ensino posterga ou atrasa
a vinda do Senhor, e isso abre a porta para todos os tipos de coisas negativas
que impactam a vida do crente de maneira prática (Mt 24:48).
Traduzido de “A Dispensational or a Covenantal Interpretation of Scripture - Which is the Truth?”, por Bruce Anstey publicado por Christian Truth Publishing. Traduzido por Mario Persona.
A Teologia do Pacto NEGLIGENCIA as Escrituras
O ensino da
Teologia do Pacto negligencia as
Escrituras que declaram abertamente que o presente chamado da Igreja pelo
evangelho, o Mistério revelado, era desconhecido pelos santos do Antigo
Testamento (Rm 16:25-26; Ef 3:3-10; Cl 1:25-27). Os teólogos do Pacto dizem que
a Igreja era conhecida pelos profetas do Antigo Testamento, que teriam
profetizado acerca dela. Mas isso é uma clara negação das patentes declarações
das Escrituras de que eles não sabiam nada a respeito. Isso era um “mistério” que estava “oculto” daqueles que viveram nas eras
passadas, e que foi revelado somente quando o Espírito de Deus veio habitar na
terra na Igreja quando esta foi formada.
A Teologia do Pacto PRIVA o Senhor Jesus de Sua Gloria Publica
A
doutrina da Teologia do Pacto priva o
Senhor Jesus da exibição da glória do Seu reino neste mundo (Hc 2:14; 2 Ts
1:10; Ap 1:7), e priva a Deus Pai da
satisfação de ver Seu Filho publicamente inocentado no lugar onde Ele foi
desonrado (Jo 5:23).
Traduzido de “A Dispensational or a Covenantal Interpretation of Scripture - Which is the Truth?”, por Bruce Anstey publicado por Christian Truth Publishing. Traduzido por Mario Persona.
A Teologia do Pacto REBAIXA o Carater de Deus
O primeiro e
mais importante ponto é que este sistema de ensino rebaixa o caráter de Deus. Deus é mostrado como se tivesse iludido
os filhos de Israel ao levá-los a acreditar que haveria um reino literal no
futuro, quando segundo essa teologia Deus nunca teria intencionado que isso
viesse a existir para eles. E ao longo dos anos Deus não teria sequer tentado
corrigir suas falsas expectativas. Desse modo Deus é apresentado como fazendo
promessas enganosas que Ele nunca tinha a intenção de cumprir. Isso é rebaixar
o caráter de Deus e comprova que a Teologia do Pacto não poderia ser de Deus.
A TEOLOGIA DO PACTO VIOLA PRINCIPIOS BASICOS DE INTERPRETACAO BIBLICA
Com
frequência tem sido declarado que um dos testes mais simples para toda doutrina
é saber se ela exalta a Deus e ao Senhor Jesus Cristo. Toda sã doutrina,
evidentemente, faz isso. Todavia, a Teologia do Pacto não passa neste teste.
Além do mais, quando examinada à luz das Escrituras, percebemos que alguns dos
princípios básicos da interpretação Bíblia (Hermenêutica) são violados. Quando
essas interpretações são analisadas do ponto de vista de suas conclusões
lógicas elas se mostram bastante problemáticas. Os pontos a seguir demonstram
como esse ensino não exalta a Deus e ao Senhor Jesus Cristo, e até mesmo se
opõe a vários princípios fundamentais da interpretação da Bíblia.
Traduzido de “A Dispensational or a Covenantal Interpretation of Scripture - Which is the Truth?”, por Bruce Anstey publicado por Christian Truth Publishing. Traduzido por Mario Persona.
Em que acreditam os Teologos do Pacto?
É meio difícil definir exatamente o que todos os teólogos do Pacto sustentam doutrinariamente porque existem algumas variações entre eles. O que vem a seguir é uma declaração genérica do que eles acreditam:
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teólogos
O que é a Teologia do Pacto?
A primeira questão é: “O que é a Teologia do Pacto?”. Colocada de forma simples, trata-se de um sistema de interpretação bíblica que enxerga as promessas e profecias do Antigo Testamento como tendo sido cumpridas nos dias de hoje na Igreja. Já que essas coisas não podem ser provadas como tendo acontecido de forma literal, os teólogos do Pacto inventaram um falso princípio de interpretação conhecido como “espiritualização”. Por meio dele assumem que certas declarações nas promessas e profecias do Antigo Testamento já foram ou estão sendo cumpridas hoje espiritualmente ou alegoricamente, ao invés de literalmente.
A TEOLOGIA DO PACTO
Como mencionado
na Introdução, a maior oposição à verdade dispensacional vem da Teologia do
Pacto. Em muitos aspectos essas duas teologias são antagônicas. A Teologia do
Pacto é um método de interpretação da Bíblia que está reconquistando a
aceitação no mundo cristão atual à medida que declina o entendimento da verdade
dispensacional. Dizemos “reconquistando” porque antes de Deus ter dado ao mundo
cristão uma completa redescoberta da verdade dispensacional nos anos 1800, a
Teologia do Pacto era aceita como a interpretação bíblica ortodoxa pela maior
parte da cristandade. Muitos no século 19 viram o erro dessa interpretação e a
deixaram de lado. Mas é triste admitir que a verdade dispensacional esteja mais
uma vez a caminho de ser deixada de lado nestes dias, e entre os cristãos tem
havido uma volta do interesse na Teologia Reformada, que inclui este método
pactual de interpretação.
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Teologia Reformada
JONAS
A história de Jonas é uma bem conhecida figura dos desígnios dispensacionais de Deus. Jonas
havia sido escolhido e agraciado com “a
Palavra do Senhor” (Jn 1:1). De maneira similar, a nação de Israel foi
favorecida com “os oráculos de Deus”
(Dt 7:6-8; Rm 3:1-2). A intenção de Deus era que Jonas fosse um vaso de
testemunho para os gentios (Jn 1:2). Igualmente a nação de Israel havia sido
chamada para ser o vaso de Jeová de testemunho na terra (Dt 32:8; 1 Cr 22:5; Rm
2:17-20).
ESTER
O livro de Ester
começa com Israel vivendo em uma terra estrangeira como consequência do juízo
de Deus sobre eles. Isso tipifica Deus colocando de lado os judeus após terem
rejeitado e crucificado o Senhor Jesus Cristo.
2 SAMUEL 15-19
Davi é um tipo
de Cristo. Ele era o rei de Israel por direito (1 Sm 16:13), mas Absalão se
levantou e por meio de seus estratagemas
levou a nação a rejeitar a Davi. Do mesmo modo Satanás levou os judeus a
rejeitarem a Cristo (Jo 8:44; Lc 22:53). Em rejeição, Davi deixou a cidade de
Jerusalém e a terra da Judeia cruzando o ribeiro de Cedrom, indo a “um lugar distante” (2 Sm 15:17). Isso
representa o Senhor suspendendo temporariamente suas tratativas com Israel e
voltando ao Seu Pai (Jo 16:28). Durante o tempo da rejeição de Davi muitos
gentios se identificaram com ele (2 Sm 15:18-22; 17:27-29). Isso nos fala da fé
que tem sido encontrada entre os gentios nos dias de hoje durante o chamado da
Igreja (At 13:48; 15:14; 28:28; Ef 2:11-13). Seguir a Davi, que foi rejeitado,
significa terem de compartilhar de sua rejeição (2 Sm 15:22-17:29). De modo
similar, o Senhor disse: “Se o mundo vos
odeia, sabei que, primeiro do que a vós, me odiou a mim... Se a mim me
perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardaram a minha palavra, também
guardarão a vossa.” (Jo 15:18, 20).
DEUTERONOMIO 24
Esta passagem
tem a ver com matrimônio e divórcio. Ela supõe o caso de “um homem” tomar para si “uma
mulher”, porém “não achar graça em
seus olhos, por nela encontrar coisa indecente”. Isso é uma figura do
Senhor que tomou a para Si a nação de Israel à semelhança de um matrimônio (Dt
7:6-8 Ez 16:1-14). Todavia, considerando que Israel se entregou à impureza da idolatria,
o Senhor deu a ela uma “carta de divórcio”
(Is 50:1) e declarou: “Ela não é minha
mulher, e eu não sou seu marido” (Os 2:2). Dessa forma a nação foi colocada
de lado.
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DEUTERONOMIO 21
Este capítulo
trata do caso de um assassinato de autoria desconhecida na terra (Dt 21:1-9).
Em situações assim o princípio da proximidade devia ser aplicado pelos anciãos
de Israel para determinar qual cidade seria responsável em cuidar do assunto.
Ao medirem “a distância até as cidades
que estiverem em redor do morto”, a cidade mais próxima ficaria responsável.
Os anciãos daquela cidade eram convocados a cuidar da provisão que Deus fazia
para casos assim, e dessa forma se inocentarem do assassinato.
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Israel,
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sangue
DEUTERONOMIO 18:15-19:13
Esta passagem
tem a ver com o homicida e as cidades de refúgio. Todavia, ela não começa
falando deles, mas começa no versículo 15 do capítulo 18 com a promessa de Deus
levantar “um Profeta” no meio da
nação de Israel (Dt 18:15-22). Esse Profeta é o Senhor Jesus Cristo (Lc 7:16;
Jo 1:21; 6:14; At 3:23; 7:37). É dada grande ênfase às “palavras” de Deus como estando “em
Sua boca” (Jo 7:16-17; 8:47; 17:8) e na necessidade que o povo tem de
recebê-las.
LEVITICO 23
Este capítulo
nos apresenta uma figura indubitável das maneiras dispensacionais de Deus, e
muitos livros e artigos já foram escritos neste sentido. Há sete festas anuais
descritas no capítulo que prenunciam eventos que vão da cruz de Cristo à vinda
do reino de Cristo. São elas:
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tabernáculos,
trombetas
LEVITICO 16
A ordem como a
expiação era aplicada à casa de Aarão e à casa de Israel reflete a ordem
dispensacional de Deus. Aarão e sua família formam um bem conhecido tipo de
Cristo e da Igreja. Eles permaneciam diante de Deus como uma família de
sacerdotes durante a economia mosaica. De maneira similar, os cristãos formam
uma companhia de sacerdotes que permanecem diante de Deus hoje no santo dos
santos (1 Pe 2:5; Ap 1:5-6; Hb 10:19-22). A casa de Israel é uma figura da
nação de Israel que será introduzida na bênção na Manifestação de Cristo.
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substituição
EXODO 1-12
Moisés é outra
figura do Senhor Jesus Cristo (Dt 18:15). Ele foi o libertador escolhido por
Deus para os filhos de Israel que estavam sob a escravidão de Faraó no Egito
(Êx 3:10; At 7:35). Faraó, o governante do Egito, é uma figura de Satanás — o
deus e príncipe deste mundo. Moisés sentia por seu povo e queria que fosse
libertado. Quando foi a eles da primeira vez e demonstrou que poderia eliminar
seus opressores e libertá-los de sua escravidão, seus esforços foram mal
entendidos por seus irmãos. Eles disseram: “Quem
te constituiu príncipe e juiz?” (At 7:35; Êx 2:14). Consequentemente eles
não o aceitaram como seu libertador. Isso é uma figura da rejeição do Senhor
por parte dos judeus em sua primeira vinda (Jo 1:11). O que eles disseram foi,
em essência, “Não queremos que este reine
sobre nós” (Lc 19:14).
GENESIS 37-47
“José” (ou “Zafenate-Panéia”,
que significa “Salvador do mundo” cf.
nota na Bíblia de J. N. Darby) é uma bem conhecida figura do Senhor Jesus Cristo.
Ele foi rejeitado por seus irmãos (uma figura dos irmãos judeus do Senhor)
quando foi até eles levando uma mensagem de seu pai (Gênesis 37). Como consequência
dessa rejeição por seus irmãos, José foi levado para o exterior para viver
entre os gentios (Gênesis 39-41). Depois de ter sido levado para o Egito (figura
do mundo), houve um período de bênção naquela terra, seguido por um período de
fome. O período de prosperidade representa o tempo presente da “dispensação da graça de Deus” (Ef 3:2).
O período de fome representa o tempo futuro da Tribulação que virá e que se
seguirá ao Dia da Graça.
GENESIS 29-33
Nesta série de
capítulos “Jacó” é um tipo de Cristo.
Ele saiu da casa de seu pai para um país distante — “Padã-Arã” — (Gn 28). Trata-se de uma figura de Cristo vindo de Seu
Pai para este mundo em Seu primeiro Advento. Jacó saiu da casa de seu pai por
dois motivos: primeiro, por causa de pecado (Gn 27), e segundo, para buscar uma
esposa (Gn 28:15) — as mesmas duas razões pelas quais o Senhor veio a este mundo.
A diferença principal é que Jacó saiu da casa de seu pai por causa de seu
próprio pecado, mas Cristo não tinha pecado.
GENESIS 25:1-6
Então “Abraão tomou outra mulher; e o seu nome era
Quetura”. Essa mulher não era da linhagem familiar de Abraão, como tinha
sido Sara (Gn 20:12), portanto era uma gentia. Isso indica que após a Igreja ser chamada para o lar no
céu Deus irá estabelecer um relacionamento com os gentios. As Escrituras
proféticas indicam que isso irá acontecer no Milênio (Ap 7:9-17). Os filhos que
Quetura deu a Abraão nos falam das “muitas
nações” que serão abençoadas por Deus nesse tempo (Zc 2:11, etc.). É digno
de nota que esses filhos foram abençoados por lhes terem sido dados “presentes”, todavia não foram tão abençoados
quanto Isaque, a quem “Abraão deu tudo o
que tinha” (Gn 25:5). Considerando que somos co-herdeiros com Cristo (Rm
8:17), isso demonstra que Cristo e a Igreja têm uma porção e bênção especiais,
distintas do restante da família de Deus.
GENESIS 24
No capítulo 22 Isaque desaparece da narrativa, mas neste capítulo descobrimos que ele voltou de
Moriá para a casa de Abraão. Isto apontaria para a ressurreição e ascensão de
Cristo à glória da casa de Seu Pai, onde Ele está no presente momento sentado à
destra de Seu Pai (Jo 14:2; At 2:32-33).
GENESIS 23
Este
capítulo está relacionado à morte e sepultamento de Sara. Como já mencionado,
ela é um tipo de Israel. Sua morte é significativa no panorama dispensacional.
Deus estava prestes a chamar Rebeca e introduzi-la em um relacionamento com
Isaque (cap. 24), mas não estariam as duas mulheres coexistindo na casa de
Abraão. Sara, portanto, morreu antes, e então Rebeca foi chamada. Isso nos
ensina que o modo de Deus agir com Israel e com a Igreja não é algo simultâneo.
Também nos mostra que Israel e a Igreja não são uma única e mesma coisa, mas
duas diferentes ordens de povos abençoados. (Isto é algo que os teólogos do
Pacto fariam bem em perceber). Fica claro, portanto, que Deus não tinha a
intenção de que Judaísmo e Cristianismo convivessem ao mesmo tempo em uma forma
de cristianismo semi-judaico (Jo 4:21-23; Hb 13:10).
Traduzido de “A Dispensational or a Covenantal Interpretation of Scripture - Which is the Truth?”, por Bruce Anstey publicado por Christian Truth Publishing. Traduzido por Mario Persona.
GENESIS 22
Este capítulo
mostra que Cristo (representado por Isaque) seria rejeitado pelos judeus
incrédulos (Ismael), resultando em sua crucificação, e que Deus usaria essa
mesma ocasião para cumprir o maior ato de graça da história da humanidade — a
realização da expiação para a glória de Deus e bênção dos crentes.
GENESIS 21
A história
começa com Sara dando à luz a Isaque “ao
tempo determinado” (Gn 21:1-3). Isto nos fala da vinda de Cristo “vindo a plenitude dos tempos” (Gl 4:4).
A reação a esse grande evento teve um duplo aspecto:
FIGURAS DISPENSACIONAIS NO ANTIGO TESTAMENTO
Além do grande
número de esboços no Novo Testamento que mostram a ordem dispensacional no modo
de Deus agir, existem também muitas figurs no Antigo Testamento que confirmam a
mesma coisa. Essas imagens em forma de tipos foram escritas centenas — às vezes
até milhares — de anos antes de as mudanças dispensacionais terem ocorrido na
história. Elas dão testemunho do grande
fato de que “Conhecidas são a Deus, desde
o princípio do mundo, todas as suas obras” (At 15:18).
JOAO 20-21
Nas três
manifestações finais do Senhor ressurreto no Evangelho de João encontramos
outra figura dos desígnios dispensacionais de Deus. A primeira destas cenas aparece no
cenáculo ou andar superior (Jo 20:19-23; At 1:13; 20:8). Trata-se da cena que
representa a assembleia cristã. Observamos nelas diversos elementos que
identificam o verdadeiro cristianismo:
JOAO 10-12
Mais uma vez o
Senhor é visto sendo rejeitado pelos judeus que tentavam apedrejá-lo até a
morte (Jo 10:19-38). “Ele escapou-se de
suas mãos, e retirou-se outra vez para além do Jordão” (Jo 10:39-42). Longe
deles, muitas pessoas creram nele e foram abençoadas. Esta é apenas mais uma
figura do Senhor interrompendo suas tratativas com Israel por causa da
incredulidade e rejeição deles. É significativo que Ele tenha permanecido
naquele lugar por “dois dias” (Jo
11:6). Como já foi observado, isto nos fala do atual tratamento do Senhor para
com a Igreja nos últimos dois mil anos (Sl 90:4; 2 Pe 3:8).
JOAO 4
Quando o Senhor
soube que havia sido rejeitado pelos líderes em Jerusalém, “deixou a Judeia, e foi outra vez para a Galileia” (vers. 1-3). Em
figura essa saída da Judeia é outra ação simbólica do Senhor que denota o
rompimento dele com a nação por o terem rejeitado. Sua intenção era a de continuar
Seu ministério na região norte (Galileia) passando “por Samaria”, que ficava na região central da terra (vers. 4-6). A
rota usual para os judeus que viajavam da Galileia era contornando Samaria, o
que tornava a viagem mais longa, pois os samaritanos eram um povo gentio e
considerado impuro pelos judeus. Por causa disso “os judeus não se comunicam com os samaritanos” (vers. 9).
Desnecessário é dizer que tal atitude do Senhor, de passar por Samaria, não era
algo normal. Isto está registrado nas Escrituras para mostrar (de forma
dispensacional) que Ele iria visitar os gentios com o evangelho e introduzir na
bênção muitos dentre as nações (At 15:14). Portanto a obra do Senhor em Samaria
neste capítulo é uma figura do atual testemunho da graça de Deus entre os
gentios.
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