Os teólogos do
Pacto também confundem o reino com a Igreja, e consequentemente usam frases sem
fundamento bíblico, como “O reino da Igreja”. Todavia, o reino não é sinônimo
da Igreja pelas seguintes razões:
Primeiro, o
reino em mistério abrange um período de tempo maior que o da Igreja na terra.
Ele é mais longo em sua duração,
tendo iniciado dez dias antes do início da Igreja, quando o Senhor voltou para
o céu (Lc 19:12; At 1:9-11). E também irá continuar na terra depois que a
Igreja tiver sido levada para o céu (no Arrebatamento) até o final do período
de sete anos de Tribulação.
Segundo, o reino
é mais extenso que a Igreja, no que
concerne aos que participam dele. Como temos visto, o reino no momento atual
possui tanto “joio” (meros professos)
como “trigo” (verdadeiros crentes),
enquanto a Igreja é constituída apenas de crentes verdadeiros. As pessoas podem
se associar a uma assim chamada “igreja” denominacional e terem seus nomes no
rol de membros, mas se não tiverem sido verdadeiramente salvas pela fé em
Cristo elas não fazem parte da verdadeira Igreja de Deus. Portanto é possível
que alguém esteja no reino, mas não na Igreja.
Terceiro, Cristo
é Rei em Seu reino e nós somos seus servos, mas as Escrituras nunca dizem que
Ele seja Rei da Igreja. Ele é Cabeça da Igreja e os crentes são membros do Seu
corpo (1 Co 12:12-13; Cl 1:18).
Quarto, Mateus
16:19 nos diz que Pedro recebeu “as
chaves do reino dos céus”. Essas não são as chaves da Igreja, mas do reino.
Elas são o batismo e o discipulado. Por meio destas duas coisas
é que uma pessoa entra no reino de forma exterior. Mas para entrar na Igreja de
Deus — o corpo de Cristo — ela deve nascer de Deus e ser selada com o Espírito
Santo (Jo 3:5; 1 Co 12:12-13; Ef 1:130.
Traduzido de “A Dispensational or a Covenantal Interpretation of Scripture - Which is the Truth?”, por Bruce Anstey publicado por Christian Truth Publishing. Traduzido por Mario Persona.