Moisés é outra
figura do Senhor Jesus Cristo (Dt 18:15). Ele foi o libertador escolhido por
Deus para os filhos de Israel que estavam sob a escravidão de Faraó no Egito
(Êx 3:10; At 7:35). Faraó, o governante do Egito, é uma figura de Satanás — o
deus e príncipe deste mundo. Moisés sentia por seu povo e queria que fosse
libertado. Quando foi a eles da primeira vez e demonstrou que poderia eliminar
seus opressores e libertá-los de sua escravidão, seus esforços foram mal
entendidos por seus irmãos. Eles disseram: “Quem
te constituiu príncipe e juiz?” (At 7:35; Êx 2:14). Consequentemente eles
não o aceitaram como seu libertador. Isso é uma figura da rejeição do Senhor
por parte dos judeus em sua primeira vinda (Jo 1:11). O que eles disseram foi,
em essência, “Não queremos que este reine
sobre nós” (Lc 19:14).
Tendo sido assim
rejeitado, Moisés rompeu seus vínculos com seus irmãos e deixou o Egito.
Considerando que o Egito é uma bem conhecida figura do mundo, isso nos fala de
Cristo deixando este mundo. Ele disse: “Deixo
o mundo, e vou para o Pai” (Jo 16:28). Moisés foi para a terra de Midiã,
onde viveu por quarenta anos (Êx 2:11-4:19). Naquele tempo recebeu uma esposa
gentia — “Zípora” (Êx 2:21). Ela é
outra figura da Igreja. Zípora deu um filho a Moisés, e eles o chamaram de
Gérson, que significa “Um estrangeiro aqui”.
Isso tipifica o fruto de uma comunhão prática com Cristo que nos torna
estrangeiros celestiais neste mundo (1 Pe 2:11).
Após muitos anos
Deus enviou Moisés de volta aos filhos de Israel, os quais sofriam sob seus
opressores gentios (uma figura do “tempo
dos gentios” — Lc 21:24; Êx 3:10; 4:19). Moisés se apresentou a seus irmãos
que uma vez lhe haviam rejeitado (Êx 4:29-31). Isso é uma figura do Senhor
retomando suas tratativas com a nação de Israel. Naquela ocasião Deus começou a
derramar juízo sobre o Egito na forma das dez pragas (Êx 7:1-12:36). Essas
pragas são uma figura dos juízos que cairão sobre este mundo durante a
Tribulação. Deus preservou milagrosamente os israelitas em meio a todos aqueles
juízos, o que foi um sinal da confirmação que Deus lhes dava de que estava trabalhando
a favor deles (Sl 78:43; 105:27; Êx 73; 8:22-23). Isso nos fala de como Deus
irá preservar um remanescente de Israel durante a Tribulação (Ap 7:1-8).
Traduzido de “A Dispensational or a Covenantal Interpretation of Scripture - Which is the Truth?”, por Bruce Anstey publicado por Christian Truth Publishing. Traduzido por Mario Persona.