“A Dispensational or a Covenantal Interpretation of Scripture - Which is the Truth?” por Bruce Anstey

Sera' que “circuncisao” em Filipenses 3:3 significa que os cristaos sao judeus?

“Porque a circuncisão somos nós, que servimos a Deus em espírito, e nos gloriamos em Jesus Cristo, e não confiamos na carne.” Filipenses 3:3

Os teólogos do Pacto acreditam que, uma vez que a palavra “circuncisão” aparece nesta passagem aplicada a cristãos, isso provaria que os cristãos seriam judeus espirituais. O problema aqui está em não entender a palavra “circuncisão”, que é usada de diferentes maneiras nas Escrituras. É verdade que ela é também usada para se referir a israelitas naturais (At 10:45 11:2; Rm 15:8; Gl 2:7-9; Cl 4:11; Tt 1:10), mas esta não é a única maneira como a palavra é utilizada. Por exemplo, em Colossenses 2:11 ela se refere à morte de Cristo na cruz. A passagem diz: “No qual também estais circuncidados com a circuncisão não feita por mão no despojo do corpo dos pecados da carne, a circuncisão de Cristo”. Circuncisão significa “cortar fora”. Neste caso ela se refere a Cristo sendo cortado fora na morte (Is 53:8). E na passagem em questão (Fp 3:3) ela é usada para descrever aqueles (cristãos) que aceitaram o fim da primeira ordem do homem segundo a carne na morte de Cristo.

O apóstolo estava alertando os Filipenses contra os que haviam entrado na profissão cristã e estavam promovendo o primeiro homem sob a lei. Eram mestres judaizantes, os quais ele chamou de “concisão” (Fp 3:2 JND ou “falsa circuncisão” ARA). A palavra “concisão” significa “não cortar fora”. O apóstolo está fazendo um apelo condizente com aqueles judaizantes que promoviam uma linha de ação que essencialmente ia contra cortar fora a primeira ordem do homem segundo a carne. Ao contrário deles, Paulo identifica os cristãos como “circuncisão”, pois o cristianismo normal inclui aceitar o fim do homem segundo a carne na morte de Cristo. Ao usar o termo “circuncisão” Paulo estava falando figuradamente do terreno no qual o evangelho coloca o crente, como tendo dado um fim à primeira ordem do homem. Seu argumento era que se os cristãos aceitassem o que a “concisão” (os mestres judaizantes) estava oferecendo, acabariam negando o verdadeiro terreno do cristianismo. Paulo jamais poderia estar dizendo que os cristãos são judeus, pois ele ensinava ampla e exaustivamente que os cristãos não são nem judeus, nem gentios (Gl 3:28; Cl 3:11).



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