A primeira questão é: “O que é a Teologia do Pacto?”. Colocada de forma simples, trata-se de um sistema de interpretação bíblica que enxerga as promessas e profecias do Antigo Testamento como tendo sido cumpridas nos dias de hoje na Igreja. Já que essas coisas não podem ser provadas como tendo acontecido de forma literal, os teólogos do Pacto inventaram um falso princípio de interpretação conhecido como “espiritualização”. Por meio dele assumem que certas declarações nas promessas e profecias do Antigo Testamento já foram ou estão sendo cumpridas hoje espiritualmente ou alegoricamente, ao invés de literalmente.
Este método de interpretação da Bíblia é chamado de teologia do “Pacto” por ser supostamente baseado nos pactos ou alianças das promessas feitas por Deus a Abraão, Moisés, Davi etc. Ela é construída também sobre dois pactos fictícios que não são mencionados nas Escrituras — o Pacto ou Aliança da Graça e o Pacto ou Aliança das Obras.
A origem desse sistema pode ser traçada até os primeiros séculos da história da Igreja, quando homens como Agostinho ensinavam algumas dessas coisas. Seus ensinos foram mais tarde transformados em um sistema de doutrina e popularizados pelos reformadores nos anos 1500. Portanto, ela é às vezes também chamada de “Teologia Reformada”, embora suas origens sejam bem anteriores à Reforma Protestante. Trata-se de um método errôneo de interpretação que tem levado muitos amados cristãos a acreditarem em uma porção de coisas que são contrárias às Escrituras.
Traduzido de “A Dispensational or a Covenantal Interpretation of Scripture - Which is the Truth?”, por Bruce Anstey publicado por Christian Truth Publishing. Traduzido por Mario Persona.