O primeiro e
mais importante ponto é que este sistema de ensino rebaixa o caráter de Deus. Deus é mostrado como se tivesse iludido
os filhos de Israel ao levá-los a acreditar que haveria um reino literal no
futuro, quando segundo essa teologia Deus nunca teria intencionado que isso
viesse a existir para eles. E ao longo dos anos Deus não teria sequer tentado
corrigir suas falsas expectativas. Desse modo Deus é apresentado como fazendo
promessas enganosas que Ele nunca tinha a intenção de cumprir. Isso é rebaixar
o caráter de Deus e comprova que a Teologia do Pacto não poderia ser de Deus.
Deus disse
exatamente o que queria dizer, e quis dizer exatamente o que disse —
literalmente (Nm 23:19). Quando o Senhor apareceu aos Seus discípulos em
ressurreição e eles Lhe perguntaram: “Senhor,
restaurarás tu neste tempo o reino a Israel?”, Ele não negou que iria restaurar
o reino literalmente conforme esperavam. Ele simplesmente disse: “Não vos pertence saber os tempos ou as
estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder.” (At 1:6-7). O Pai
tinha reservado o Seu tempo para introduzir o reino com as bênçãos que o
acompanhavam conforme prometera e de forma literal, mas isso aconteceria em
algum momento mais tarde. Se não fosse para existir o reino literal o Senhor
certamente teria corrigido as expectativas de seus discípulos naquele momento,
mas Ele não tentou fazer isso, indicando que suas expectativas eram corretas. O
erro deles estava na interpretação do momento em que essas coisas aconteceriam,
e o Senhor em graça fez a devida correção.
Traduzido de “A Dispensational or a Covenantal Interpretation of Scripture - Which is the Truth?”, por Bruce Anstey publicado por Christian Truth Publishing. Traduzido por Mario Persona.