“A Dispensational or a Covenantal Interpretation of Scripture - Which is the Truth?” por Bruce Anstey

EXEMPLOS DE ERROS DE INTERPRETACAO NA TEOLOGIA DO PACTO

Existe algo mais que precisa ser colocado diante de nossos leitores nesta exposição da Teologia do Pacto. Precisamos examinar algumas das passagens das Escrituras que os teólogos do Pacto dizem terem se cumprido hoje na Igreja, e mostrar como foi que eles chegaram às suas interpretações errôneas. Essas passagens são encontradas no livro de Atos e nas epístolas, e são citações das Escrituras do Antigo Testamento. Um olhar mais apurado irá demonstrar que elas não são um cumprimento daquelas profecias do Antigo Testamento, mas foram citadas apenas para mostrar que o caráter de algo que ocorreu na Igreja está em conformidade com a maneira de Deus lidar com os homens, isto é, o objetivo foi mostrar que Deus mantém seus padrões morais.

A maioria desses erros de interpretação ocorre por quem não “maneja [gr.: ‘disseca’] bem a palavra da verdade” (1 Tm 2:15), e isola um versículo ou parte de um versículo fazendo sua “particular interpretação” (2 Pe 1:20) que não se encaixa no restante das Escrituras. Somos alertados pelo apóstolo Pedro que viriam aqueles que se levantariam na profissão cristã e seriam “indoutos e inconstantes” na verdade, que “torcem” os ensinos das Escrituras (1 Pe 3:15-16). “Torcer” significa deformar, enrolar ou desviar-se do significado ou uso correto. Isto é exatamente o que os teólogos do Pacto têm feito com muitas passagens do Novo Testamento a fim de fazê-las encaixar em seu sistema errôneo de ensino. Homens assim podem até possuir uma coleção de diplomas na parede, mas são bem “indoutos” (2 Pe 3:16), como pessoas que “aprendem sempre, e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade” (2 Tm 3:7).

Se a doutrina do Pacto fosse verdade, existiria na Palavra de Deus um lugar especialmente designado para ensinar essas coisas aos cristãos. Considerando que não estamos falando aqui de alguma pequena nuance no entendimento, mas de todo um sistema de ensino que diz respeito a muitas coisas envolvidas na compreensão de alguém do programa de Deus para o futuro deste mundo, Deus teria devotado ao menos uma epístola no Novo Testamento para tratar do assunto. Existiria um lugar nas Escrituras onde a comunidade cristã ficaria bem informada de que não haveria uma restauração literal de Israel, e que Israel teria se transformado na Igreja, que não haveria um reino milenial por vir etc. Mas não encontramos nada disso em nossa Bíblia, e nem podemos encontrar, pois se trata de um erro.

O melhor que os teólogos do Pacto podem fazer para dar suporte ao seu sistema de ensino da Palavra de Deus é apontarem para uma frase isolada de Paulo ou de algum outro autor do Novo Testamento. Mas invariavelmente são versículos obscuros e isolados, ou partes de versículos. E se eles não nos deixaram claro seu significado, não é provável que alguém pudesse usá-los para construir seus próprios pensamentos. Isso mostra claramente que a Teologia do Pacto é uma “particular interpretação” (2 Pe 1:20). Isto deve servir de alarme para o estudante consciencioso da Bíblia.

Como contraste, temos demonstrado nos capítulos iniciais deste livro que a verdade dispensacional é exposta à exaustão no Novo Testamento e ilustrada em muitas figuras do Antigo Testamento. Existe uma tão grande abundância de evidências da ordem dispensacional do programa de Deus nas Escrituras que é de surpreender que alguém pudesse querer contestar.

As páginas a seguir apresentam alguns exemplos desses erros de interpretação que são tirados de versículos isolados e obscuros do Novo Testamento.



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