Todavia, Jonas
se rebelou — e o mesmo fez Israel. Este povo desobedeceu ao Senhor e por isso
falhou em representá-Lo diante do mundo (2 Cr 36:14-21; Is 52:5; Ez 36:20; Rm
2:24). A desobediência de Jonas o levou a “fugir”
da terra de Israel e acabar sendo lançado ao “mar” (Et 1:3-15). Isso nos fala da nação de Israel afastando-se de
Deus e consequentemente sendo dispersa entre os gentios, dos quais o mar é uma
figura.
Quando Jonas foi
lançado ao mar, os marinheiros gentios a bordo do navio “temeram, pois, ... ao Senhor com grande temor; e ofereceram sacrifício
ao Senhor, e fizeram votos” (Jn 1:16). Isso nos fala da obra do Senhor entre
os gentios hoje por meio do evangelho. Muitos se converteram a Deus através do
evangelho neste tempo presente em que Israel foi colocado à parte. O apóstolo
Paulo confirmou isso, ao dizer: “Pela sua
queda veio a salvação aos gentios” (Rm 11:11).
Enquanto isso
Jonas passava por dificuldades no ventre do grande peixe no meio do mar. Isso
nos fala das tribulações que o povo judeu tem experimentado desde a época em
que foram dispersos entre os gentios. É bastante significativo que Jonas tenha
se voltado ao Senhor no terceiro dia com orações e súplicas (Jn 1:17-2:1) e foi
consequentemente libertado (Jn 2:10). Isso aponta para o que acontecerá a
Israel. Oséias 6:2 diz: “Depois de dois
dias nos dará a vida; ao terceiro dia nos ressuscitará, e viveremos diante
dele.”. Se lermos o Salmo 90:4 e 2 Pedro 3:8, que indicam “que um dia para o Senhor é como mil anos, e
mil anos como um dia”, poderemos interpretar os “dois dias” como indicando que os judeus não retornarão ao Senhor
até depois que o atual Dia da Graça tiver expirado, o qual é de aproximadamente
dois mil anos.
O capítulo 2
registra a oração de Jonas no terceiro dia. Ela na verdade tipifica o clamor do
remanescente durante a Grande Tribulação. E, assim como aconteceu com Jonas,
quando os judeus se voltarem ao Senhor isso resultará em seu livramento. Isso é
ilustrado pelo momento em que “falou... o
Senhor ao peixe, e este vomitou a Jonas na terra seca” (Jn 2:10).
No capítulo 3 Jonas
foi outra vez comissionado a testificar aos gentios, e estava desejoso de
pregar a mensagem que o Senhor queria que pregasse. Isso é uma figura de Israel
tendo o desejo de ser usado pelo Senhor (Sl 110:3) e, deste modo, enchendo a terra
com o conhecimento do Senhor (Sl 34:11-18; Sl 66:5, 16; Is 11:9; Hb 2:14).
Muitos gentios se voltaram ao Senhor através do testemunho de Jonas (Jn 3:5-10).
Isso nos fala da conversão dos gentios em um dia vindouro, que acontecerá como
resultado do testemunho de Israel (Sl 47:9; Is 45:14; 60:1-14; Ap 7:9).
O capítulo 4
ilustra o ajuste pelo qual Israel deverá passar naquele dia, para que não mais
sejam preconceituosos em relação aos gentios. Isso é importante para que Israel
e as nações gentias habitem juntas em paz no reino milenial de Cristo.
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Traduzido de “A Dispensational or a Covenantal Interpretation of Scripture - Which is the Truth?”, por Bruce Anstey publicado por Christian Truth Publishing. Traduzido por Mario Persona.