A nova Teologia
do Pacto rebaixa a Igreja da posição que
ela ocupa de uma entidade celestial, com bênçãos distintas que só pertencem a
ela (Ef 1:3), à mesma condição dos santos mileniais na terra. As Escrituras
ensinam que a Igreja é verdadeiramente uma entidade distinta dentre os grupos
de pessoas abençoadas no sistema da graça. Ela é chamada de “igreja dos primogênitos” (Hb 12:22-23).
Primogênito é um termo que aponta para aquilo que ocupa o primeiro lugar e de
preeminência entre os outros santos de Deus.
Como já foi
mencionado, aqueles que compõem a Igreja são vistos como “filhos” na casa de Deus, enquanto o santo do Antigo Testamento é
visto como “menino” e “servo” na casa (Gl 4:1-7). O costume do
lar judeu de celebrar um “bar mitzvá”
ilustra essa diferença (N. do T.: “bar
mitzvá” significa “filho do
mandamento” e é também o nome da cerimônia de passagem, quando o menino é
considerado adulto e responsável diante de Deus).
Além disso,
Apocalipse 19 mostra a “esposa” do
Cordeiro como distinta de outros santos celestiais, que são “aqueles que são chamados à ceia das bodas
do Cordeiro”, que compõem o “amigo do
Noivo” (Jo 3:29). Sendo a esposa, ela ocupa um lugar especial em relação ao
Cordeiro, ao contrário dos outros que não têm esse privilégio. As Escrituras declaram
que Deus terá muitas famílias de seres abençoados no céu e na terra, tendo
diferentes relacionamentos com Ele — eles não são todos um grupo só (“toda a família nos céus e na terra” em
Efésios 3:15 tem o sentido de cada
família). Mas nenhum deles ocupa um lugar de favor e proximidade de Cristo
como os cristãos que são membros do Seu corpo (Ef 5:23-32).
Traduzido de “A Dispensational or a Covenantal Interpretation of Scripture - Which is the Truth?”, por Bruce Anstey publicado por Christian Truth Publishing. Traduzido por Mario Persona.