A história do bom Samaritano
é precedida por um doutor da Lei de Moisés que pergunta ao Senhor o que seria
exigido de um judeu para que fosse abençoado por Deus dentro daquele sistema
judaico. O Senhor lhe respondeu apontando para a guarda dos mandamentos. Em
seguida contou a parábola do Samaritano. O “homem”
que “descia... de Jerusalém para Jericó”
ilustra a trajetória descendente dos judeus em seu fracasso em cumprir a Lei. A
nação havia se apartado da presença de Deus (representada por Jerusalém) e
seguia em direção ao juízo sob uma maldição de Deus (representada por Jericó --
Js 6:26). Os judeus haviam sido subjugados pelo poder do mundo gentio que deixara
a nação como um homem “meio morto”.
Naquela condição caída sua religião não podia ajudá-los. Isto é representado
pelo “sacerdote” e pelo “levita” que não ajudam o homem caído à
beira do caminho. A Lei não podia ajudar aqueles que eram incapazes de fazer o
que ela ordenava.
“A Dispensational or a Covenantal Interpretation of Scripture - Which is the Truth?” por Bruce Anstey
LUCAS 10:30-35
MATEUS 26:17-30
Durante a Ceia da
Páscoa, que é uma festa judaica para o povo terreno de Deus, Israel, o Senhor
fez uma pausa para introduzir algo novo -- “a
Ceia do Senhor”, como nós a conhecemos no cristianismo (1 Co 11:20) -- após
a qual eles retomaram a Ceia da Páscoa. Este incidente é rico de significado
dispensacional.
MATEUS 21:1 a 22:46
Esta passagem
começa com o Senhor apresentando-Se à nação como o Messias, em conformidade com
o que havia sido dito pelo profeta Zacarias naquilo que costuma ser chamado de uma
“Entrada Real” em cena. Em Mateus 21:5 o Espírito Santo cita Zacarias 9:9,
dizendo: “Eis que o teu Rei aí te vem, manso,
e assentado sobre uma jumenta, e sobre um jumentinho, filho de animal de carga.”.
Mas ele omite a palavra “salvação”
(ou “salvador” ou “vitorioso”, dependendo da versão). A
razão disso é que naquele momento não haveria salvação para a nação, uma vez
que Ele tinha sido rejeitado. Após a multidão ter ficado de certo modo animada
no capítulo 21:1-11, as pessoas acabam manifestando sua incredulidade ao
perguntarem “Quem é este?” (vers. 10).
Isto demonstra que a nação, como um todo, não conhecia o tempo de sua visitação
por Jeová na Pessoa de Cristo (Lc 1:78; 19:44).
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MATEUS 16-17
Os líderes dos
judeus (“fariseus” e “saduceus”) se unem para confrontar o
Senhor quanto ao Seu Messianismo (cap. 16:1-4). Eles manifestavam a falta de
fidelidade existente na nação por ocasião da primeira vinda do Senhor. Eles
eram capazes de “discernir a face do céu”,
mas não conseguiam discernir “os sinais
dos tempos”. Como havia sido previsto por seus profetas, na “plenitude dos tempos” (Gl 4:4) Deus
havia visitado o Seu povo enviando o Messias, mas por cegueira e incredulidade
eles não perceberam (Is 53:2). Consequentemente o Senhor anunciou que não daria
a eles nenhum outro sinal, indicando assim que Seu testemunho Messiânico para a
nação estava encerrado. Então Ele “deixando-os,
retirou-Se”. Mais uma vez isso era uma ação simbólica indicando que Ele
estava prestes a romper suas conexões com a nação.
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MATEUS 15
A insistência dos
líderes da nação em encontrarem alguma falta no Senhor provava que seus
corações estavam determinados a rejeitá-Lo como Messias de Israel (vers. 1-2).
Eles consideraram uma ofensa Ele e Seus discípulos não lavarem as mãos, pois estariam
transgredindo “a tradição dos anciãos”,
que eram meros ensinos rabínicos que eles próprios tinham inventado, e não
determinações bíblicas como as existentes na Lei de Moisés. Contrapondo suas
tradições humanas o Senhor lhes perguntou a razão de transgredirem “o mandamento de Deus” — a verdade das
Escrituras (vers. 3-6). Ao fazer tal pergunta o Senhor mostrava o quanto os
judeus haviam se afastado da verdade da Palavra de Deus. Eles eram meticulosos
em guardar suas próprias regras e regulamentos criados por homens, mas não
tinham escrúpulos em transgredir a Lei de Deus!
MATEUS 14
Este capítulo
começa com o Senhor sendo rejeitado, e isto fica evidente pelo fato de Seu
precursor e arauto, João Batista, ter sido morto (vers. 1-12). Depois de ter
sido rejeitado o Senhor foi para um lugar deserto onde continuou seu ministério
para as multidões (vers. 13-14).
MATEUS 10-13
Capítulo 10 --
Os últimos dois versículos do capítulo 9 pertencem ao assunto deste capítulo.
Nos capítulos 8 a 9, após demonstrar “as
virtudes do século futuro” (Hb 6:5), que provavam que o Senhor tinha o
poder de introduzir o reino conforme previram os profetas do Antigo Testamento,
Ele assumiu o Seu lugar de direito como o “Senhor
da Seara” (cap. 9:38). Agindo como Administrador da convocação do reino,
Ele enviou os Seus arautos (os doze apóstolos) para anunciarem que o Rei estava
presente. Se o povo O recebesse Ele introduziria o reino de acordo com as
profecias dos Profetas.
MATEUS 9:18-36
Um “chefe” veio ao Senhor Jesus e O “adorou” (vers. 18 -- no original
“prostrou-se” como se faz diante de um rei - N. do T.), reconhecendo-O
verdadeiramente como o Rei de Israel. Sua profunda preocupação era com sua “filha” que havia falecido. Ele tinha fé
que o Senhor poderia ressuscitá-la de entre os mortos pela imposição de Suas
mãos sobre ela. Este homem é uma figura do remanescente de judeus por ocasião
da primeira vinda do Senhor, os quais pela fé estavam “esperando a consolação de Israel” e a “a redenção em Jerusalém” (Lc 2:25, 38). Sua filha representa o que
Israel é para o coração de Deus -- “a
filha de Sião” (Sl 9:14 etc.). A nação estava verdadeiramente em um estado
de morte moral e espiritual, e assim necessitava de restauração. Assim como
este homem buscou o Senhor para ressuscitar sua filha de entre os mortos, o
mesmo acontecerá com aqueles que naquela época verdadeiramente tinham fé e
esperavam “que fosse ele o que remisse
Israel” (Lc 24:21). Eles O buscavam para curar, abençoar e fazer reviver a
nação como um todo.
MATEUS 8:1-17
O Senhor desceu “do monte” para encontrar as multidões e
foi imediatamente confrontado com um cenário de pecado, enfermidade e dor
(vers. 1). Isto denota a triste condição das coisas neste mundo por ocasião do
primeiro advento do Senhor. Achegou-se a Ele “um leproso” que estava ciente de sua doença e queria ser limpo.
Sua fé era evidente, pois ele chamou a Jesus de “Senhor” e prestou a Ele uma homenagem digna de um rei (vers. 2 --
no original “prostrou-se” como se faz
diante de um rei - N. do T.). Assim ele reconhecia a Cristo como Rei de Israel
-- que é o tema básico do Evangelho de Mateus. O leproso é uma figura do
remanescente de crentes que receberam o Senhor quando Ele veio à Sua nação --
como Pedro, Tiago, João, Maria, Marta etc. Toda a nação deveria ter tido a
mesma atitude do leproso para com o Senhor.
ESBOCOS DISPENSACIONAIS NOS EVANGELHOS
Os próximos dois
capítulos contêm vários esboços tirados do Novo e Antigo Testamento que
confirmam a ordem dispensacional nos planos de Deus, como já foi mostrado nos
dois primeiros capítulos.
Existe muito
ensino simbólico nos evangelhos que confirma, amplifica e ilustra modo
dispensacional de agir de Deus, conforme é ensinado pelo apóstolo Paulo. Na
verdade poderíamos apontar tantos capítulos que para demonstrar isto que fica
até difícil saber por onde começar. Vamos selecionar alguns.
Dois “Últimos Dias” Distintos
Estudantes da
Bíblia que não entendem o modo dispensacional de Deus tratar com Israel e com a
Igreja enfrentam um impasse ao tentarem interpretar o significado da expressão “os últimos dias”. Por exemplo, as
Escrituras indicam que Deus visitou o Seu povo terreno Israel nos “últimos dias” na Pessoa do Seu Filho
(Hb 1:2), e que Ele morreu e ressuscitou de entre os mortos nos “últimos tempos” (1 Pe 1:20-21). As
Escrituras também indicam que Israel será atacado pelo Rei do Norte (Dn 8:19,
23; 11:40-43) e por Gogue (Ez 38:8-13) e será restaurado e introduzido em um
relacionamento com o Senhor nos “últimos
dias” (Dn 12:1-4; Is 2:2-4; Mq 4:1-2). Se algumas destas coisas já
aconteceram há dois mil anos e outras ainda estão para acontecer no futuro, como
se pode dizer que todas elas ocorrem nos últimos dias?
4) A RESTAURACAO LITERAL DA NACAO DE ISRAEL
O quarto “pilar” da verdade dispensacional
é que Deus irá manter Suas promessas a Israel literalmente, e um remanescente de todas as doze tribos será
abençoado em sua terra durante o reino milenial de Cristo. Isso acontecerá depois que a Igreja tiver sido levada
para o céu e depois de transcorridos
os sete anos de Tribulação (a septuagésima semana de Daniel).
A Diferenca entre o Arrebatamento e a Manifestacao
É importante
entender que a vinda do Senhor tem duas
fases -- Sua vinda para os Seus santos e Sua vinda com
os Seus santos. Aqueles que adotam a visão dispensacional da Bíblia se referem
a estas vindas, respectivamente, como o Arrebatamento e a Manifestação de
Cristo. Muitos cristãos (da Teologia do Pacto) confundem os dois eventos.
Embora o Senhor venha do céu em ambas ocasiões, o Arrebatamento e a
Manifestação de Cristo são coisas distintas.
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vinda de Cristo
1 TESSALONICENSES 4:15-18
Se, por um lado,
o batismo do Espírito (Atos 2 e 10) marca o início
da Dispensação do Mistério -- embora a verdade revelada no Mistério ainda não
fosse conhecida dos crentes naquela ocasião -- o término desta dispensação ocorrerá na vinda do Senhor
(Arrebatamento). 1 Tessalonicenses 4:16-17 diz: “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de
arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão
primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com
eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o
Senhor”. Nessa ocasião o Senhor levará a Igreja para fora deste mundo encerrando
assim a atual administração do Mistério. O Espírito de Deus também deixará a
terra, no sentido do lugar que atualmente ocupa (2 Ts 2:7).
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