As pessoas
inventam toda sorte de ideias na tentativa de reconciliar estas coisas. Todavia
o problema é resolvido quando entendemos que o chamado da Igreja é uma
inserção, um parêntese nos planos de Deus que nada tem a ver com Israel. Se
tirarmos de cena o atual chamado da Igreja, no que diz respeito às tratativas
de Deus para com Israel a linha do tempo seguirá sem interrupção, da morte e
ressurreição do Senhor até a septuagésima semana de Daniel, os sete anos finais
de sua história antes do estabelecimento do reino. Quando enxergados assim, a
morte de Cristo e também os eventos proféticos relacionados ao ataque a Israel
e sua restauração estão todos nos últimos dias.
Como já
observamos em nossos estudos do Dispensacionalismo, em um determinado ponto na
sequência desses eventos relacionados a Israel Deus voltou Sua atenção para o
chamado da Igreja através do evangelho. A Igreja permanecerá na terra no lugar
de testemunho até que o Senhor venha para levá-la para o céu no Arrebatamento.
A Igreja também tem os seus “últimos
dias” de testemunho na terra. Paulo (1 Tm 4:1; 2 Tm 3:1), Pedro (2 Pe 3:3),
João (1 Jo 2:18) e Judas (Jd 1:18) falam disso. Os “últimos dias” relacionados à Igreja referem-se mais a um caráter de coisas do que a um momento no
tempo, como é no caso de Israel. A razão é que a Igreja é uma criação celestial
de Deus que nada tem a ver com a terra, onde se aplicam tempos e estações.
Portanto, as
Escrituras indicam que existem dois “últimos
dias” diferentes conectados a grupos de pessoas totalmente diferentes. Eles
não devem ser confundidos.
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Resumindo, os
quatro “pilares” da verdade dispensacional demonstram que o chamado celestial
da Igreja, que ocorre hoje, de modo algum interfere com o plano de Deus de
abençoar Israel na terra juntamente com as nações gentias submissas a Israel, conforme
fora prometido no Antigo Testamento. Durante o reinado de Cristo na futura
Dispensação da Plenitude dos Tempos todas as promessas feitas a Israel se
cumprirão literalmente. Portanto, a verdade dispensacional não priva Israel de
coisa alguma no que diz respeito às suas aspirações nacionais.
Traduzido de “A Dispensational or a Covenantal Interpretation of Scripture - Which is the Truth?”, por Bruce Anstey publicado por Christian Truth Publishing. Traduzido por Mario Persona.