“A Dispensational or a Covenantal Interpretation of Scripture - Which is the Truth?” por Bruce Anstey

ATOS 17:24

ATOS 17:24“O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens”. Os teólogos do Pacto assumem a partir desta afirmação que Deus já não irá habitar em um templo literal, como Ele fez antes no Antigo Testamento. Por conta disso acreditam que seria um erro pensar que Deus iria edificar um templo físico para a nação de Israel.

Paulo não estava dizendo que Deus jamais voltaria a ter Sua presença conhecida em um templo literal, mas que agora, neste tempo presente, quando o cristianismo está exercendo seu papel, Deus não está reconhecendo quaisquer lugar físico de habitação sobre a terra — nem em Jerusalém, nem em qualquer templo pagão. Ezequiel 43:1-5 declara que a presença do Senhor voltará a preencher o novo templo que será construído no Milênio.

Surpreende-nos que os teólogos do Pacto possam achar que Ezequiel 40-48 — que dá instruções detalhadas para a construção de outro templo e do lugar de Israel em sua terra — poderia se referir à Igreja. Ezequiel 38-39 indica que antes de ser construído, Israel será atacado por um inimigo do “extremo norte” (“Gogue”, que é a Rússia), o qual o Senhor irá destruir. Considerando que uma pessoa é feita parte da Igreja — a casa de Deus (1 Tm 3:15) — quando crê no evangelho, a quem exatamente Gogue iria atacar? Estariam os teólogos do Pacto dizendo que, uma vez que o ataque ocorre antes de a casa ser construída, seria esse contra os que ainda não foram salvos? Como o inimigo poderia saber quais indivíduos neste mundo iriam crer no evangelho para atacá-los?

Deveria estar claro para todos que o Israel literal não se converteu ao Senhor Jesus Cristo, e nem foi ainda atacado por Gogue (Rússia). Portanto, os eventos dos últimos capítulos de Ezequiel devem estar todos no futuro. Além disso, se os teólogos do Pacto realmente acreditam que Ezequiel 40-48 seja uma descrição da Igreja (em algum sentido espiritual), como é que eles interpretam todas aquelas dimensões físicas dadas nos mínimos detalhes nesses capítulos? Se alguém permitisse que sua imaginação se esticasse ao ponto de “espiritualizar” essas coisas, elas acabariam se tornando irreais e absurdas. Os últimos capítulos do livro de Ezequiel lançam os teólogos do Pacto num enigma que eles gostariam de não ter de solucionar.



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