“A Dispensational or a Covenantal Interpretation of Scripture - Which is the Truth?” por Bruce Anstey

JOÃO 6

JOÃO 6

João registra um incidente ocorrido junto ao mar de “Tiberíades” (Jo 6:1, 23). Nos outros Evangelhos este mar é chamado “mar da Galileia” ou “lago de Genesaré”, mas quando os romanos invadiram a terra e a tomaram dos judeus mudaram os nomes de muitos lugares como sinal de sua posse e domínio. Ao chamar o mar de “Tiberíades” João reconhece que Deus havia permitido (ou até mesmo “enviado” — Mt 22:7) os romanos para atacarem e destruírem a cidade, o templo e o povo, colocando assim Israel de lado. Neste fato aparentemente insignificante temos outra indicação de que a antiga dispensação havia passado.

O assunto deste capítulo é o alimento e satisfação das almas famintas. Aqui vemos o comer da Páscoa (Jo 6:4), o comer dos cinco pães e dois peixes (Jo 6:5-14), o comer do Maná (Jo 6:22-50, e o comer da carne e o beber do sangue de Cristo, o Filho do Homem (Jo 6:51-58)). O primeiro caso é uma figura que foi cumprida com a morte de Cristo (1 Co 5:7). O segundo é uma figura de uma das muitas bênçãos que o Senhor iria conceder ao mundo no dia milenial — ou seja, abolir a fome (Sl 132:15; 146:7 etc.). O terceiro (Maná) é um tipo que se cumpriu na vinda do Senhor do céu como o “Pão vivo” (Jo 6:51). Em todas estas coisas vemos Cristo como o cumprimento das figuras e profecias do Antigo Testamento. Isto nos ensina que quando a velha dispensação terminasse e tivesse início a nova dispensação, as Escrituras do Antigo Testamento não seriam esquecidas; elas são a Palavra de Deus e assim devem ser consideradas. Aprendemos também da maneira como o Espírito de Deus aplica as Escrituras do Antigo Testamento, ao fazer referência a elas no Novo Testamento, mostrando que devem ser entendidas por seu ensino de tipos e princípios morais (Rm 15:4; 1 C 10:11).


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