A história do bom Samaritano
é precedida por um doutor da Lei de Moisés que pergunta ao Senhor o que seria
exigido de um judeu para que fosse abençoado por Deus dentro daquele sistema
judaico. O Senhor lhe respondeu apontando para a guarda dos mandamentos. Em
seguida contou a parábola do Samaritano. O “homem”
que “descia... de Jerusalém para Jericó”
ilustra a trajetória descendente dos judeus em seu fracasso em cumprir a Lei. A
nação havia se apartado da presença de Deus (representada por Jerusalém) e
seguia em direção ao juízo sob uma maldição de Deus (representada por Jericó --
Js 6:26). Os judeus haviam sido subjugados pelo poder do mundo gentio que deixara
a nação como um homem “meio morto”.
Naquela condição caída sua religião não podia ajudá-los. Isto é representado
pelo “sacerdote” e pelo “levita” que não ajudam o homem caído à
beira do caminho. A Lei não podia ajudar aqueles que eram incapazes de fazer o
que ela ordenava.
MATEUS 26:17-30
Durante a Ceia da
Páscoa, que é uma festa judaica para o povo terreno de Deus, Israel, o Senhor
fez uma pausa para introduzir algo novo -- “a
Ceia do Senhor”, como nós a conhecemos no cristianismo (1 Co 11:20) -- após
a qual eles retomaram a Ceia da Páscoa. Este incidente é rico de significado
dispensacional.
Mario Persona
MATEUS 21:1 a 22:46
Esta passagem
começa com o Senhor apresentando-Se à nação como o Messias, em conformidade com
o que havia sido dito pelo profeta Zacarias naquilo que costuma ser chamado de uma
“Entrada Real” em cena. Em Mateus 21:5 o Espírito Santo cita Zacarias 9:9,
dizendo: “Eis que o teu Rei aí te vem, manso,
e assentado sobre uma jumenta, e sobre um jumentinho, filho de animal de carga.”.
Mas ele omite a palavra “salvação”
(ou “salvador” ou “vitorioso”, dependendo da versão). A
razão disso é que naquele momento não haveria salvação para a nação, uma vez
que Ele tinha sido rejeitado. Após a multidão ter ficado de certo modo animada
no capítulo 21:1-11, as pessoas acabam manifestando sua incredulidade ao
perguntarem “Quem é este?” (vers. 10).
Isto demonstra que a nação, como um todo, não conhecia o tempo de sua visitação
por Jeová na Pessoa de Cristo (Lc 1:78; 19:44).
Mario Persona
MATEUS 16-17
Os líderes dos
judeus (“fariseus” e “saduceus”) se unem para confrontar o
Senhor quanto ao Seu Messianismo (cap. 16:1-4). Eles manifestavam a falta de
fidelidade existente na nação por ocasião da primeira vinda do Senhor. Eles
eram capazes de “discernir a face do céu”,
mas não conseguiam discernir “os sinais
dos tempos”. Como havia sido previsto por seus profetas, na “plenitude dos tempos” (Gl 4:4) Deus
havia visitado o Seu povo enviando o Messias, mas por cegueira e incredulidade
eles não perceberam (Is 53:2). Consequentemente o Senhor anunciou que não daria
a eles nenhum outro sinal, indicando assim que Seu testemunho Messiânico para a
nação estava encerrado. Então Ele “deixando-os,
retirou-Se”. Mais uma vez isso era uma ação simbólica indicando que Ele
estava prestes a romper suas conexões com a nação.
Mario Persona