“A Dispensational or a Covenantal Interpretation of Scripture - Which is the Truth?” por Bruce Anstey

MATEUS 9:18-36

Um “chefe” veio ao Senhor Jesus e O “adorou” (vers. 18 -- no original “prostrou-se” como se faz diante de um rei - N. do T.), reconhecendo-O verdadeiramente como o Rei de Israel. Sua profunda preocupação era com sua “filha” que havia falecido. Ele tinha fé que o Senhor poderia ressuscitá-la de entre os mortos pela imposição de Suas mãos sobre ela. Este homem é uma figura do remanescente de judeus por ocasião da primeira vinda do Senhor, os quais pela fé estavam “esperando a consolação de Israel” e a “a redenção em Jerusalém” (Lc 2:25, 38). Sua filha representa o que Israel é para o coração de Deus -- “a filha de Sião” (Sl 9:14 etc.). A nação estava verdadeiramente em um estado de morte moral e espiritual, e assim necessitava de restauração. Assim como este homem buscou o Senhor para ressuscitar sua filha de entre os mortos, o mesmo acontecerá com aqueles que naquela época verdadeiramente tinham fé e esperavam “que fosse ele o que remisse Israel” (Lc 24:21). Eles O buscavam para curar, abençoar e fazer reviver a nação como um todo.

MATEUS 8:1-17

O Senhor desceu “do monte” para encontrar as multidões e foi imediatamente confrontado com um cenário de pecado, enfermidade e dor (vers. 1). Isto denota a triste condição das coisas neste mundo por ocasião do primeiro advento do Senhor. Achegou-se a Ele “um leproso” que estava ciente de sua doença e queria ser limpo. Sua fé era evidente, pois ele chamou a Jesus de “Senhor” e prestou a Ele uma homenagem digna de um rei (vers. 2 -- no original “prostrou-se” como se faz diante de um rei - N. do T.). Assim ele reconhecia a Cristo como Rei de Israel -- que é o tema básico do Evangelho de Mateus. O leproso é uma figura do remanescente de crentes que receberam o Senhor quando Ele veio à Sua nação -- como Pedro, Tiago, João, Maria, Marta etc. Toda a nação deveria ter tido a mesma atitude do leproso para com o Senhor.

ESBOCOS DISPENSACIONAIS NOS EVANGELHOS

Os próximos dois capítulos contêm vários esboços tirados do Novo e Antigo Testamento que confirmam a ordem dispensacional nos planos de Deus, como já foi mostrado nos dois primeiros capítulos.

Existe muito ensino simbólico nos evangelhos que confirma, amplifica e ilustra modo dispensacional de agir de Deus, conforme é ensinado pelo apóstolo Paulo. Na verdade poderíamos apontar tantos capítulos que para demonstrar isto que fica até difícil saber por onde começar. Vamos selecionar alguns.

Dois “Últimos Dias” Distintos

Estudantes da Bíblia que não entendem o modo dispensacional de Deus tratar com Israel e com a Igreja enfrentam um impasse ao tentarem interpretar o significado da expressão “os últimos dias”. Por exemplo, as Escrituras indicam que Deus visitou o Seu povo terreno Israel nos “últimos dias” na Pessoa do Seu Filho (Hb 1:2), e que Ele morreu e ressuscitou de entre os mortos nos “últimos tempos” (1 Pe 1:20-21). As Escrituras também indicam que Israel será atacado pelo Rei do Norte (Dn 8:19, 23; 11:40-43) e por Gogue (Ez 38:8-13) e será restaurado e introduzido em um relacionamento com o Senhor nos “últimos dias” (Dn 12:1-4; Is 2:2-4; Mq 4:1-2). Se algumas destas coisas já aconteceram há dois mil anos e outras ainda estão para acontecer no futuro, como se pode dizer que todas elas ocorrem nos últimos dias?

4) A RESTAURACAO LITERAL DA NACAO DE ISRAEL

O quarto “pilar” da verdade dispensacional é que Deus irá manter Suas promessas a Israel literalmente, e um remanescente de todas as doze tribos será abençoado em sua terra durante o reino milenial de Cristo. Isso acontecerá depois que a Igreja tiver sido levada para o céu e depois de transcorridos os sete anos de Tribulação (a septuagésima semana de Daniel).

A Diferenca entre o Arrebatamento e a Manifestacao

É importante entender que a vinda do Senhor tem duas fases -- Sua vinda para os Seus santos e Sua vinda com os Seus santos. Aqueles que adotam a visão dispensacional da Bíblia se referem a estas vindas, respectivamente, como o Arrebatamento e a Manifestação de Cristo. Muitos cristãos (da Teologia do Pacto) confundem os dois eventos. Embora o Senhor venha do céu em ambas ocasiões, o Arrebatamento e a Manifestação de Cristo são coisas distintas.

1 TESSALONICENSES 4:15-18

Se, por um lado, o batismo do Espírito (Atos 2 e 10) marca o início da Dispensação do Mistério -- embora a verdade revelada no Mistério ainda não fosse conhecida dos crentes naquela ocasião -- o término desta dispensação ocorrerá na vinda do Senhor (Arrebatamento). 1 Tessalonicenses 4:16-17 diz: “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor”. Nessa ocasião o Senhor levará a Igreja para fora deste mundo encerrando assim a atual administração do Mistério. O Espírito de Deus também deixará a terra, no sentido do lugar que atualmente ocupa (2 Ts 2:7).

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