“A Dispensational or a Covenantal Interpretation of Scripture - Which is the Truth?” por Bruce Anstey

Privilégios Distintos da Igreja

Privilégios Distintos da Igreja

Com base nestas grandes bênçãos, a Igreja recebeu privilégios muito maiores que os recebidos pelos santos de outras épocas. Damos a seguir apenas três exemplos destes privilégios.
Acesso ao “Santuário” (Hb 4:14-16; 10:19-22). Os cristãos, por formarem um grupo de sacerdotes celestiais (1 Pe 2:5; Ap 1:6), têm acesso à própria presença de Deus — no mais santo lugar, no santuário celestial (Hb 8:1-5; 9:11). Este é um privilégio que nenhum dos filhos de Aarão teve no Judaísmo. O sumo sacerdote do sistema judaico podia entrar no santo lugar do santuário terrestre “uma vez no ano, não sem sangue”, o qual ele espargia sobre o propiciatório (Hb 9:7). Isto demonstrava que “o caminho do santuário”, tal qual o temos no Cristianismo, ainda “não estava descoberto enquanto se conservava em pé o primeiro tabernáculo” naquela época (Hb 9:8). O sumo sacerdote só entrava ali uma vez por ano, mas nós entramos no lugar celestial com nossas orações e louvor em qualquer tempo. Além disso, o sumo sacerdote entrava no santo dos santos em tremor e temor, mas nós podemos entrar com santa “ousadia” e “em inteira certeza de fé” (Hb 10:19, 22). Todas as outras pessoas naquele sistema judaico adoravam a Deus de longe, fora do véu, por meio de um sistema de ordenanças envolto em muito ritual. Os cristãos, como um todo, podem se dirigir a Deus com intimidade e entendimento — o que é indicado pelo clamor, “Aba, Pai” (Rm 8:15; Gl 4:6). “Aba” indica intimidade e “Pai” entendimento.
Discernimento dos propósitos de Deus (Ef 1:8-10). Por serem filhos de Deus, os cristãos foram informados dos segredos do coração de Deus que ficaram escondidos dos santos das épocas passadas (Rm 16:25; Ef 3:2-5; Cl 1:25-27). A intenção de Deus foi que esta privilegiada companhia de filhos (a Igreja) ficasse ciente do Seu propósito eterno. Portanto, foi do agrado do Pai desvendar a nós a verdade do “grande mistério” (Ef 1:4-8; 5:32) que Ele “derramou sobre nós com toda a sabedoria e entendimento” (Ef 1:8 NVI). Consequentemente nos foi dado saber o que Ele está fazendo no mundo agora, tendo em vista o mundo vindouro — o Milênio. Ele deu à Igreja um discernimento especial quanto ao Seu plano de exibir publicamente a glória do Seu Filho naquele futuro dia milenial. Assim a Igreja se tornou depositária do conselho de Deus a respeito de Seu propósito para o futuro.
Este é um tremendo privilégio que os santos do Antigo Testamento não tinham, pois até agora (o Dia da Graça) ele era um “mistério [segredo] que desde tempos eternos esteve oculto” (Rm 16:25). É triste precisarmos admitir que, devido ao estado de ruína no testemunho cristão, e mesmo tendo estas coisas sido reveladas nas Escrituras à Igreja, muitos cristãos não conhecem estas revelações tão maravilhosas!

Reinar publicamente com Cristo (Lc 22:29; 2 Tm 2:12; Ap 22:5 — “e reinarão para todo o sempre”). Como reis (Ap 1:6), os cristãos têm a perspectiva de reinarem com Cristo no reino milenial. Os santos do Antigo Testamento serão glorificados juntamente com todos os santos celestiais naquele dia (Hb 11:40). Eles estão designados para serem amigos do Noivo (Jo 3:29), mas não tomarão parte na administração do mundo vindouro; eles não reinarão com Cristo. Este é um privilégio muito especial dado apenas à Igreja (Ap 21:9-22:5).



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